terça-feira, 4 de agosto de 2009

Mário Quintana


Eu acho que todos deveriam fazer versos. Ainda que saiam maus, não tem importância. É preferível, para a alma humana, fazer maus versos a não fazer nenhum. O exercício da arte poética representa, no caso, como que um esforço de auto-superação. É fato consabido que esse refinamento do estilo acaba trazendo necessariamente o refinamento da alma.

Sim, todos devemos fazer versos. Contanto que não venha mostrar-me.



2 comentários:

rafa disse...

hehe, lembro do livro dos Insultos -- que tu me emprestou e, claro, ainda não devolvi -- quando o Menken diz que o gosto pela poesia, assimo como a aceitação da religião, é um traço da nosa mente infantil que a gente custa pra superar.

Nilo Oliveira disse...

O foda é quando o religioso ou o poeta se levam muito a sério. O religioso inventa um olhar de santo e o poeta vira um treco saltitante, cheio de profundidades e loucurinhas. A falta de talento e o fanatismo religioso tem isto em comum: a incapacidade de rir de si mesmo. Abraço, velhinho.